Esporte | Paralimpíadas

Terça-feira, 03 de Setembro de 2024

Tecnologia inédita nas Paralimpíadas transforma experiência de torcedores em Paris

Pessoas com deficiência visual acompanham o futebol de cegos com auxílio de um campinho, que mostra a movimentação da bola. Em quadra, Brasil vai buscar liderança do Grupo A nesta terça

A disputa do futebol de cegos em Paris apresenta alguns pontos que se assemelham a edições anteriores das Paralimpíadas, como as vitórias em sequência do Brasil. Mas uma novidade tem transformado a experiência de torcedores nos Jogos da capital francesa. Com a ajuda de um campinho, bem parecido com uma mesa de futebol de botão, pessoas com deficiência visual acompanham cada lance das partidas.

Os campinhos são distribuídos na Arena da Torre Eiffel, palco do futebol de cegos. Uma única peça indica exatamente onde está a bola, e os torcedores acompanham a movimentação do jogo com as mãos. É a primeira vez que uma edição das Paralimpíadas disponibiliza essa tecnologia.

Mas a ideia de acessibilidade universal não se restringe somente ao futebol de cegos. Dona de 12 medalhas paralímpicas – incluindo três ouros – a ex-nadadora francesa Ludivine Munos participa da organização dos Jogos de Paris e diz que o evento também oferece recursos para melhorar a experiência de torcedores em outras modalidades. Estão disponíveis óculos para pessoas com baixa visão, e há robôs enviando imagens a crianças que estão em hospitais ou não podem sair de casa.

Auxiliados por diferentes tecnologias, os torcedores têm acompanhado um show do Brasil em Paris. No futebol de cegos, por exemplo, a seleção verde e amarela já somou duas vitórias em dois jogos – a última delas sobre a França, dona da casa, por 3 a 0. A equipe voltará à Arena da Torre Eiffel nesta terça (3), às 13h30 (de Brasília), para enfrentar a China, em duelo que encerra a primeira fase e vale a liderança do Grupo A.

O Brasil não sabe o que é perder desde que o futebol de cegos estreou nas Paralimpíadas, em 2004. Em 29 partidas disputadas até agora, a seleção teve 23 vitórias e só seis empates. São 60 gols marcados e seis sofridos – o último na semifinal da Rio 2016, contra a China. Na capital francesa, a busca é pelo sexto ouro consecutivo.

O grupo de 10 jogadores (oito atletas de linha e dois goleiros) levados pelo técnico Fábio Vasconcelos a Paris tem nomes consagrados, como Ricardinho e Jeffinho, tetracampeões paralímpicos. Os goleiros Luan e Matheus, além de Tiago Paraná, Cássio, Jardiel e Nonato, também são veteranos dos Jogos. E os jovens Jonatan Felipe e Maicon Júnior estreiam em Paralimpíadas.

G1

 

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