Brasil | Assassinato em aeroporto
Quarta-feira, 13 de Novembro de 2024
Quem mandou matar delator no aeroporto? Veja quais são as 3 principais hipóteses investigadas
Polícia Civil e Polícia Militar apuram se PMs, policiais civis, agente penitenciário, um devedor ou criminosos participaram do assassinato de Vinicius Gritzbach. Empresário delatou agentes de segurança corruptos e integrantes de facção criminosa. Ele foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) investiga três principais hipóteses para tentar esclarecer a execução de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Polícia Civil, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Técnico-Científica apuram se policiais militares, policiais civis, um agente penitenciário, um devedor e integrantes da facção criminosa participaram da execução do empresário ligado ao ramo imobiliário (saiba mais abaixo).
Vinicius foi morto na última sexta-feira (8) com dez tiros por dois homens não identificados e encapuzados no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana. Eles carregavam fuzis e atacaram o empresário na área de desembarque do terminal 2. Câmeras de monitoramento gravaram o crime (veja vídeo nessa reportagem).
Um motorista por aplicativo também foi atingido por um disparo e morreu. Outras duas pessoas também se feriram. Ao todo, foram 29 tiros. Os assassinos fugiram. As armas usadas por eles no crime foram abandonadas e encontradas depois pelas autoridades.
A força-tarefa analisa as filmagens e ouve depoimentos de testemunhas e sobreviventes para identificar quem executou e quem mandou matar Vinicius.
O empresário e a namorada estavam voltando de uma viagem de Maceió, em Alagoas, para São Paulo. No domingo (10), viajariam para Vitória, no Espírito Santo. A companheira não foi atingida pelos disparos.
PMs e policiais civis
Vinicius tinha contratado policiais militares para fazer sua segurança pessoal. O "bico" é considerado irregular pela Polícia Militar. As autoridades querem saber se esses agentes têm algum envolvimento no assassinato.
Foram identificados oito PMs. Todos eles acabaram afastados nesta semana pela força-tarefa. Até a última atualização desta reportagem nenhum deles havia sido indiciado ou responsabilizado pelo crime.
Esses mesmos policiais militares já estavam sendo investigados um mês antes da execução pela Corregedoria da PM justamente por fazerem escolta para Vinicius, que tem ligação com o PCC.
Agente penitenciário
Um agente penitenciário investigado com Vinicius em um processo de homicídio, em que são corréus, também passou a ser investigado por suposta relação com a execução do empresário.
Vinicius tinha 38 anos e era corretor de imóveis no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Há alguns anos, ele passou a fazer negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta. Conhecido como Cara Preta, Anselmo movimentava milhões de reais comprando e vendendo drogas e armas para o PCC.
Envolvimento de devedor
E uma terceira frente de apuração trabalha com a possibilidade de que alguém teria decidido matá-lo por alguma dívida financeira. Vinicius foi a Maceió cobrar dinheiro de uma pessoa, que lhe deu joias em troca. Elas foram avaliadas em cerca de R$ 1 milhão.
G1
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