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Domingo, 29 de Setembro de 2024

Queijo de 3,5 mil anos: cientistas encontram o kefir mais antigo do mundo

Kefir é um alimento probiótico (que contêm microrganismos vivos) feito de pequenos grãos formados por lactobacilos, fungos e bactérias, cultivados em leite ou água.

Um estudo publicado pela editora científica norte-americana Cell Press apontou que pesquisadores encontraram o kefir mais antigo do mundo. Eles encontraram o DNA do queijo que apontou ter aproximadamente 3,5 mil anos.

Mas o que é Kefir? É um alimento probiótico (que contêm microrganismos vivos) feito de pequenos grãos formados por lactobacilos, fungos e bactérias, cultivados em leite ou água.

A descoberta, divulgada em 25 de setembro, aconteceu após os cientistas começarem a investigar restos humanos mumificados, encontrados na área da Bacia de Tarim, na região chinesa de Xinjiang. Os corpos datam de cerca de 2.000 a.C. a 200 d.C..

Esses corpos, enterradas em caixões no meio de um deserto árido, começaram a ser analisados por volta de 1990. E passaram a chamar a atenção de cientistas por conta da aparência física incomum, que levaram alguns estudiosos a especular que eram descendentes de pastores Yamnaya, uma sociedade que habitava uma região do Mar Negro, no sul da Rússia.

Investigações

Em 2021, descobriu-se que essas múmias eram descendentes de um grupo indígena asiático. A atividade agropastoril dessa população incluía gado, ovelhas e cabras, trigo, cevada e painço.

“Reconstruir as origens das múmias da Bacia do Tarim teve um efeito transformador em nossa compreensão da região, e continuaremos o estudo de genomas humanos antigos em outras eras para obter uma compreensão mais profunda da história da migração humana nas estepes da Eurásia”, afirmou Yinquiu Cui, autor sênior do estudo e professor da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Jilin, à época.

No novo estudo dessa semana, os cientistas afirmaram que terminaram de sequenciar o DNA do queijo e descobriram como as bactérias probióticas evoluíram nos últimos 3,5 mil anos. O material genético estava em uma, até então, substância estranha espalhada pelo pescoço e cabeça das múmias.

Eles encontraram traços de DNA de vaca e cabra, indicando que o leite de ambos os animais foi usado no queijo antigo. Além disso, o resultado apontou uma nova rota do kefir.

O que anteriormente se afirmava que o alimento surgiu em Caucaso e foi para a Europa; agora, existe a possibilidade de que o alimento também passou por Xinjiang, onde as múmias foram encontradas.

"Como parte da cultura humana, a história da fermentação do leite é uma parte indispensável para entender o passado humano e seus impactos no estilo de vida dos humanos atuais", escreveram os pesquisadores no novo estudo.

 

G1

 

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