Sem vencer há cinco rodadas no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vive momento de maior pressão desde a chegada de Fernando Seabra. O treinador teve sinalização de respaldo após empate com Inter no Mineirão, mas tem duelo com o Atlético-GO como divisor de águas para sequência.

Diante do momento de instabilidade no Brasileirão, apesar de seguir na cola do G-6, Fernando Seabra é o mais cobrado pela torcida e foi xingado por boa parte dos 35 mil presentes no empate diante do Inter. Apesar do clima mais pesado desde a chegada da nova diretoria, em abril, a SAF manteve

No mesmo dia do empate no Mineirão, nas horas finais da noite, a diretoria do Cruzeiro já havia decidido que não trocaria o comando técnico. Conversas logo nas primeiras horas da manhã de quinta-feira ratificaram a decisão inicial.

Isso porque há o entendimento de que Fernando Seabra fez o possível, dentro do que tinha à disposição para o jogo, e que foi criado um volume suficiente para o Cruzeiro ganhar. A avaliação é de que foi a melhor atuação na sequência de tropeços no Gigante da Pampulha e que, ainda que haja queda de rendimento, o técnico tem conseguido os objetivos traçados com a nova gestão: avançar na Sul-Americana e brigar pelo G-6 na Série A.

Também é colocado sob análise o fato de Fernando Seabra ter perdido, por lesão, peças importantes do elenco nesse período. Além disso, o Cruzeiro passava por um momento de readaptação do time ao jogo com um centroavante de ofício (após a volta de Dinenno, que agora se lesionou) e ainda trabalha com a inserção dos reforços contratados na janela.

A situação geral para o jogo de domingo, em relação ao elenco, não necessariamente será melhor. Isso porque Barreal, Lautaro e Veron não têm retorno garantido, além de Kaio Jorge ser o único centroavante à disposição – o Cruzeiro ainda busca um substituto. William e Romero voltam a ficar disponíveis.

Mas, mesmo com o material humano que está longe do maior potencial do elenco montado, Fernando Seabra precisa do resultado no domingo, na visão de pessoas da diretoria. Ainda que viva ascensão com Umberto Louzer, o Atlético-GO é o lanterna do Brasileiro e terá pela frente um Mineirão com mais de 50 mil torcedores.

E a necessidade de vitória não é simplesmente para dosar a pressão, mas para conseguir importante respiro para seguir com o trabalho. Em caso de tropeço, apesar da convicção de que há pontos positivos no trabalho, a sequência de Fernando Seabra será reavaliada. Seriam seis jogos sem vencer na Série A, sendo quatro em casa e três no Mineirão.

Vale ressaltar que o Cruzeiro, assim como os demais times do Brasileirão, terá duas semanas de calendário livre de jogos em função da Data Fifa. Depois da partida de domingo, contra o Atlético-GO, só voltará a campo diante do São Paulo, no final de semana dos dias 14 e 15 de setembro.

G1

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