O Correio do Cerrado recebeu, na manhã desta quarta-feira, 03 de dezembro, uma mensagem enviada em um grupo de pais e professores do Cmei Filadelfo Falcão de Carvalho de Alvorada do Norte/GO. No comunicado, assinado pelo Grupo Gestor, informa-se que, por determinação da SEMEC, o almoço passará a ser servido somente para as crianças matriculadas em período integral, enquanto as demais receberão apenas o lanche normal.

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A decisão, que já começou a valer desde o dia 26 de novembro, gerou preocupação entre familiares de alunos, especialmente daqueles que dependem da merenda escolar como parte essencial da alimentação diária dos filhos.

A iniciativa da Prefeitura de Alvorada do Norte levanta questionamentos importantes. Em um país onde a insegurança alimentar voltou a crescer, limitar o acesso à refeição escolar pode significar mais do que um ajuste administrativo — pode representar impacto direto na rotina e no bem-estar de muitas crianças. A merenda não é um “benefício extra”, mas uma política pública fundamental, garantida para assegurar nutrição mínima e igualdade de condições dentro da escola.

Cortar o almoço das crianças que não estão no período integral é, no mínimo, uma medida que merece ampla explicação, transparência e diálogo com a comunidade. Afinal, estamos falando de alunos, muitos deles em idade de educação infantil, que necessitam de alimentação adequada para aprender, se desenvolver e permanecer frequentando a escola.

Enquanto pais e responsáveis tentam entender o motivo real da mudança, permanece a dúvida: é realmente este o melhor caminho? Em vez de reduzir refeições, não deveria o poder público buscar ampliar o acesso, fortalecer a merenda e garantir que nenhuma criança seja tratada de forma desigual?

O Correio do Cerrado reforça que está de portas abertas para a Prefeitura de Alvorada do Norte, pronta para ouvir esclarecimentos, apresentar a versão oficial e garantir que a população seja informada com responsabilidade e transparência.

Tentamos contato com a Prefeitura, mas até o momento não obtivemos resposta.

Seguiremos acompanhando o caso e ouvindo a comunidade escolar.

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