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Terça-feira, 07 de Janeiro de 2025

Por que não divulgamos suicídios ou tentativas de suicídio?

Reportagens sensacionalistas ou que detalham métodos e circunstâncias podem ser especialmente prejudiciais, aumentando o risco entre indivíduos suscetíveis.

Divulgar casos de suicídio pode gerar um impacto negativo ao invés de prevenir o problema. Isso se deve ao Efeito Werther, um fenômeno documentado pela literatura especializada que aponta que a divulgação inadequada de suicídios pode induzir pessoas vulneráveis a repetir o ato.

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O termo Efeito Werther foi cunhado após o impacto do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe, publicado em 1774. A obra, que narra o suicídio do protagonista, foi associada a uma onda de comportamentos semelhantes, levando a restrições em sua circulação em algumas regiões da Europa na época.

Estudos contemporâneos confirmam que a maneira como o suicídio é retratado na mídia pode influenciar comportamentos. Reportagens sensacionalistas ou que detalham métodos e circunstâncias podem ser especialmente prejudiciais, aumentando o risco entre indivíduos suscetíveis.

No entanto, isso não significa ignorar o tema. É fundamental abordar o suicídio como um problema de saúde pública, promovendo conscientização, acesso a tratamento e o fortalecimento de redes de apoio. A mídia deve agir com responsabilidade, evitando a exposição de casos específicos e priorizando orientações e informações que incentivem a busca de ajuda.

Falar sobre suicídio de forma segura e ética é um compromisso essencial para a preservação da vida.

Se você ou alguém que conhece precisa de ajuda, procure o CVV – Centro de Valorização da Vida pelo número 188 ou um profissional de saúde especializado.

 

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