Brasil | Inquérito concluído

Terça-feira, 05 de Novembro de 2024

PF indicia o traficante Colômbia como mandante das mortes de Bruno e Dom e encaminha relatório à Justiça

Outras 8 pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime. 'Colômbia' é apontado como financiador de organização criminosa, fornecedor dos cartuchos usados nas execuções e responsável por coordenar ocultação de cadáveres.

A Polícia Federal indiciou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia, como mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas.

Colômbia está preso desde dezembro daquele ano, seis meses após o início das investigações, e também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

O documento da PF foi encaminhado na sexta-feira (1º) à Justiça. Ao todo, são nove indiciados, mas apenas Rubén aparece como mandante, conforme a PF. Os outros nomes não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem.

Quem é 'Colômbia', indiciado pela PF como mandante das mortes de Bruno e Dom

Caso a Justiça aceite os nove indiciamentos, eles se tornam réus e irão a julgamento. Só após serem julgados que eles poderão ser considerados culpados ou inocentes, e deverão cumprir pena em caso de condenação.

Segundo a investigação, Colômbia praticou os seguintes crimes:

 

Forneceu cartuchos para a execução dos assassinatos;

Interveio para coordenar a ocultação dos cadáveres das vítimas;

E patrocinou financeiramente as atividades de organização criminosa que praticava pesca ilegal e ameaçava indígenas e servidores públicos da área de proteção ambiental.

A investigação da PF confirmou que os assassinatos ocorreram devido às fiscalizações realizadas por Bruno Pereira na região. O indigenista era um dos principais especialistas em povos isolados e denunciava a presença de quadrilhas de pesca ilegal.

Dom Phillips morreu por estar acompanhando Bruno, segundo a polícia. O jornalista tinha ido conhecer o trabalho da equipe de vigilância indígena, treinada por Bruno para combater a invasão do território.

No documento encaminhado à Justiça, a PF mostra como funcionava a organização criminosa coordenada por Colômbia em Atalaia do Norte. O grupo praticava pesca e caça predatória, de forma ilegal, invadindo territórios indígenas.

A ação irregular dos criminosos em áreas de proteção ambiental provocou impactos socioambientais, como o risco a espécies de peixes e à segurança dos moradores.

 

G1

 

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