Esporte | Paralimpíadas

Quinta-feira, 29 de Agosto de 2024

Paralimpíadas: Após ter braços amputados, jovem se tornou campeão mundial na natação e vai representar o Brasil em Paris

O Profissão Repórter desta terça-feira (27) contou a trajetória vitoriosa de Samuel Oliveira nas piscinas.

O Profissão Repórter desta terça-feira (27) contou a trajetória vitoriosa de Samuel Oliveira nas piscinas. Aos nove anos, Samuel foi submetido à amputação dos dois braços, após sofrer uma descarga elétrica de 13 mil volts enquanto tentava pegar uma pipa que tinha caído em uma árvore.

“A pipa foi perfurada pela barra de ferro e encostou na rede elétrica que tinha atrás da pipa. E então o choque foi muito instantâneo. Eu desmaiei na hora e eu tive que amputar os dois braços porque não tinha como salvá-los", relata o jovem.

Samuel ficou internado por 28 dias, a mãe dele deixou o trabalho para acompanhá-lo. Michelle Francisca da Silva relembra o momento doloroso em que o filho acordou no hospital já sem os braços e perguntou o que tinha acontecido.

“Sabe daquele um segundo que você pensa mil coisas? Eu pensei em falar que o médico tirou e ia colocar de novo, mas aí eu respirei fundo e falei: 'você vai ficar assim para sempre'. Eu acredito que ele reagiu bem, porque eu passei força para ele. Mesmo enfaixado, ele já queria fazer as coisas”, conta Michelle.

Foi na fisioterapia que Samuel teve seu primeiro contato com a natação, e desde então, ele nunca mais parou. A prova mais forte do Samuel de Oliveira é os 50 m borboleta, que ele venceu no Mundial de Natação em 2022. Agora, ele se prepara para representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris e o Profissão Repórter acompanhou um pouco dessa preparação (veja no vídeo acima).

São seis treinos por semana, que variam de intensidade de acordo com a programação e o cansaço.

“Você observar a maneira que ele desenvolve o nado dele é um é muito específica. Os chineses não nadam igual a ele. Então ele desenvolveu isso”, comenta o treinador, Alexandre Vieira.

Quanto às expectativas para Paris, o jovem atleta se mostra confiante:

“Eu acredito muito que em todas as minhas provas eu consigo ser finalista, né? Eu consigo para as finais. Na minha principal prova eu quero ganhar, que é o 50 m borboleta. Já ganhei dos chineses uma vez, acredito que não vai ser, entre aspas, tão difícil, tão impossível eu ganhar deles de novo”.

 

G1

 

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