Internacionais | Preso em Guantánamo
Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024
Justiça dos EUA revalida acordo que pode livrar mentor do atentado de 11 de setembro da pena de morte
Outros dois réus, que estão presos em Guantánamo, assim como o mentor, também poderão ser beneficiados. Ataque às Torres Gêmeas matou quase 3 mil pessoas em 2001.
Um juiz militar dos Estados Unidos decidiu que são válidos os acordos de confissão firmados pelo suposto mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001, Khalid Sheikh Mohammed, e outros dois réus, informou a agência de notícias Associated Press (AP).
A decisão derruba uma ordem do Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que havia anulado os acordos. Um funcionário do governo americano confirmou a decisão à AP. A informação foi publicada primeiro pelo jornal The New York Times.
O funcionário, que pediu anonimato à agência, explicou que a ordem do juiz militar, o coronel da Força Aérea Matthew McCall, ainda não foi divulgada oficialmente.
Em 11 de setembro de 2001, terroristas da rede Al-Qaeda lançaram dois aviões contra os prédios do World Trade Center, em Nova York, e outra aeronave contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião sequestrado caiu na Pensilvânia antes de chegar ao destino. Quase 3 mil pessoas foram mortas.
A menos que os promotores ou outras autoridades tentem contestar novamente os acordos, a decisão de McCall significa que os três réus dos ataques de 11 de setembro poderão, em breve, se declarar culpados no tribunal militar de Guantánamo, em Cuba.
Os acordos de confissão podem garantir que Khalid Sheikh Mohammed, Walid bin Attash e Mustafa al-Hawsawi evitem a pena de morte em troca das declarações de culpa.
Os promotores negociaram os acordos com os advogados de defesa sob a supervisão do governo, e o oficial do mais alto escalão da comissão militar na base naval de Guantánamo havia aprovado os acordos - que geraram reações, especialmente entre legisladores republicanos.
G1
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