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Terça-feira, 25 de Novembro de 2025

Justiça dos EUA manda arquivar processos abertos pelo governo contra dois rivais de Trump

James Comey, ex-diretor do FBI, e Letitia James, procuradora-geral de Nova York, foram alvos de ações criminais movidas pelo Departamento de Justiça. Tribunal entendeu que procuradora escolhida para conduzir investigações foi nomeada ilegalmente. Casa Branca disse que vai recorrer.

A Justiça dos Estados Unidos mandou arquivar nesta segunda-feira (24) as acusações criminais contra o ex-diretor do FBI James Comey e a procuradora-geral de Nova York, Letitia James. Ambos são rivais do presidente Donald Trump e haviam sido processados pelo governo.

A medida representa um duro golpe nos esforços do Departamento de Justiça para perseguir pessoas vistas como inimigas políticas do presidente. No passado, Comey e Letitia investigaram Trump.

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Lindsey Halligan, ex-advogada pessoal de Trump, foi nomeada procuradora interina do Distrito Leste da Virgínia em setembro para assumir as duas investigações, apesar de não ter experiência prévia como promotora.

Rapidamente, Halligan atendeu aos desejos do presidente e abriu processos criminais contra dois dos principais rivais de Trump. Comey foi acusado de falso testemunho e obstrução de Justiça, enquanto Letitia passou a ser investigada por fraude bancária. Relembre as denúncias abaixo.

Nesta segunda-feira, um juiz federal decidiu que a procuradora indicada para conduzir os processos foi nomeada de forma ilegal.

Na prática, a decisão encerra dois processos que o próprio Trump havia pedido publicamente. O tribunal, no entanto, deixou aberta a possibilidade de o Departamento de Justiça apresentar novas ações contra Comey e Letitia, desde que conduzidas por outro procurador.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse em entrevista que o governo vai recorrer da decisão.

No fim de setembro, o Departamento de Justiça apresentou acusações formais contra James Comey por falso testemunho e obstrução. O ex-diretor do FBI tem uma relação conturbada com o presidente desde 2017, quando foi demitido durante o primeiro mandato de Trump.

Na época, Comey confirmou publicamente que o presidente estava sob investigação por suspeitas de interferência da Rússia na eleição de 2016 para favorecer o republicano. Desde então, passou a ser um dos principais críticos de Trump, afirmando que ele era “moralmente inapto” para o cargo.

Neste ano, Trump demitiu o procurador-geral da Virgínia, Erik Siebert, depois que ele se recusou a abrir processo contra Comey. Siebert alegou não haver causa provável para acusar o ex-diretor do FBI de crimes.

Neste ano, Trump demitiu o procurador-geral do estado da Virgínia, Erik Siebert, por se recusar a avançar um processo judicial contra Comey. Siebert alegou que não tinha conseguido estabelecer uma causa provável para acusar o ex-diretor do FBI de crimes.

Na sequência, o presidente nomeou Lindsey Halligan para o cargo. Três dias depois, ela fez o que o presidente queria: apresentou a um júri na Virgínia as acusações de falso testemunho e obstrução de justiça contra Comey.

A acusação se baseava em um depoimento de Comey ao Senado em 2020, no qual ele negou ter sido fonte anônima de reportagens sobre a investigação da interferência russa. A procuradora-geral afirma que ele mentiu.

Comey sempre afirmou ser inocente de todas as acusações.

G1

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