Brasil | Justiça

Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

Justiça diz que agressor de paisagista cometeu crime durante distúrbio do sono e é inimputável; Sensação devastadora, diz vítima

Justiça reconheceu que Vinícius Batista Serra tem parassonia e por esse motivo não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. Ao g1, Elaine Caparroz, que foi agredida por mais de 4 horas, disse que vai recorrer. Ela ficou com sequelas.

A Justiça do Rio confirmou que o homem julgado por tentativa de feminicídio e agressão contra a paisagista Elaine Caparroz, em 2019 não pode ser responsabilizado pelo crime. Para a 7ª Câmara Criminal, que julgou o caso em 2ª instância, o motivo é que ele cometeu as agressões devido a comportamentos violentos causados por distúrbios do sono (parassonia).

Ao g1, a vítima, que entrou com recurso, lamentou a nova decisão:

"É uma sensação devastadora, pois cada vez mais no Brasil nós vemos a impunidade", disse Elaine.

O acórdão também determinou que Vinícius Batista Serra não vai precisar pagar a indenização de R$ 100 mil pedida pela vítima. A advogada que representa Elaine já disse que vai recorrer da decisão nos tribunais superiores, e que pode ir ao Tribunal Penal Internacional.

No texto, o desembargador Joaquim Domingos afirma que, apesar de a agressão ter sido constatada e Vinícius ter assumido que cometeu o crime, ele é considerado "inimputável" (que não pode responder pelos crimes).

A decisão ainda determina que Vinícius continue com um tratamento ambulatorial, indo a uma unidade de saúde uma vez por mês e tomando remédios para sua doença, e que seu caso poderá ser reavaliado. Dependendo do resultado, ele poderá ser internado em uma unidade psiquiátrica.

 

G1

 

Clique aqui para participar do nosso grupo de WhatsApp

Correio do Cerrado – Seu site de notícias da região.