Esporte | Minas Gerais
Terça-feira, 16 de Setembro de 2025
Governo de Minas Gerais sanciona lei que autoriza retirada de cadeiras no Mineirão
Mudanças abrangem todos os estádios públicos de Minas Gerais; Minas Arena ainda estuda viabilidade do projeto.
Romeu Zema, Governador de Minas Gerais, sancionou nesta terça-feira a lei que autoriza a retirada de cadeiras de um setor em todos os estádios públicos do estado. Sem vetos, o governo permite que locais como o Mineirão tenham um setor popular, ou seja, com ingressos mais baratos. As retiradas dependem das administradoras de cada estádio.
O projeto surgiu após movimentações de parte da torcida do Cruzeiro, time que atualmente utiliza o estádio para mandar os jogos, pedindo um setor popular no Mineirão. Com isso, a Minas Arena, administradora do estádio, e o clube começaram a fazer um estudo para entender se será viável a retirada de cadeiras do setor amarelo.
De acordo com o que apurou o ge, o estudo ainda está sendo feito pelo Corpo de Bombeiros. O objetivo é entender como a retirada seria feita de acordo com as normas de segurança. A Minas Arena tem a conceção do estádio e tem um contrato de utilização com o Cruzeiro.
Em junho, Pedro Junio, vice-presidente do Cruzeiro, comentou sobre a situação.
- Na conversa com a Minas Arena, a gente espera ter um retorno mais breve possível. Acho que esse ano ainda não dá pra pensar nisso. Eu acho que esse ano é mais complicado, assim, pelas tratativas que a gente vê com a Minas Arena, pela discussão que ainda está tendo. Acho um pouco difícil, mas a gente espera que para o ano que vem teremos isso solucionado.
O ge apurou ainda que, em caso de retirada das cadeiras antes da Copa do Mundo Feminina de 2027, os assentos terão que ser recolocados, já que o Mineirão é uma das sedes da competição e a FIFA não autoriza setor sem cadeiras em seus torneios. Para retirar e recolocar, o estádio gastaria cerca de R$ 900 mil.
O técnico da Minas Arena afirmou para os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que não seria possível a retiradas das cadeiras do anel superior. O estádio teria condições de retirar 7 mil assentos do anel inferior laranja. A mudança não resultaria em uma capacidade maior de público, como era desejado pela torcida.
Nos estádios privados, como Arena MRV, do Atlético-MG, e o Independência, do América-MG, a retirada independe da lei. O Galo conta com um setor sem cadeiras no estádio.
G1