O Santos não tentará mais jogar no Allianz Parque como mandante enquanto tiver Neymar em seu elenco. O craque encabeça a lista de atletas profissionais que são contra os gramados artificiais no Campeonato Brasileiro e deixou isso claro ao chamar o estádio do Palmeiras de "society".

São vários os motivos que levam Neymar a pensar dessa maneira e, por isso, o ge foi atrás de alguns deles para explicar o que afasta o Peixe da possibilidade de usar o estádio do rival alviverde, que estava disposto a cedê-lo sem grandes objeções.

Há uma percepção não só de Neymar, mas de outros jogadores, de que o gramado sintético é "duro", propiciando menos absorção a impactos, o que ocasiona mais facilmente dores no joelho e articulações. É como se fosse um tênis com menos amortecimento em relação ao gramado natural.

– Jogar no Allianz, para mim, é impossível. Jogar no society incomoda qualquer jogador, não só a mim, independente das lesões – resumiu Neymar.

A principal reclamação de Neymar, porém, é de que o sintético é como se fosse "outro esporte". Por isso, o craque se referiu ao gramado do Allianz como "society", modalidade praticada em campo reduzido, com outras regras. Há a percepção de que o jogo muda com a diferença de grama.

Desde que chegou ao Peixe, Neymar ainda não enfrentou Botafogo, Atlético-MG e Palmeiras como visitante e, por isso, ainda não é possível saber se o camisa 10 seria poupado em duelos nos quais há o uso de gramado sintético. A tendência é de que jogue normalmente como visitante contra esses rivais.

O Santos chegou a acertar entre presidentes o uso do Allianz Parque, mas voltou atrás ao ser "vetado" pelo estafe de Neymar. Não há mais a intenção do clube de arriscar ou criar um atrito com seu principal jogador apenas para usar o estádio do rival. Assim, o Morumbis apareceu como solução e recebeu o jogo contra o Juventude, nesta segunda-feira - Neymar jogou os 90 minutos e fez dois gols.

G1