Brasil | Zé Neto e Cristiano
Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024
Dupla Zé Neto e Cristiano volta aos palcos após Zé Neto tratar depressão e síndrome do pânico
Retorno dos cantores sertanejos é marcado por shows no Brasil e no exterior. Pausa foi de três meses.
Depois de uma pausa de três meses, Zé Neto e Cristiano retomaram os shows no Brasil e no exterior.
A dupla sertaneja havia dado um tempo para Zé Neto tratar a depressão e a síndrome do pânico. Antes de pegar a estrada, eles contaram ao Fantástico como passaram por tudo isso juntos.
"Fiquei doente porque as coisas foram ficando robóticas, né? A gente chega, vai para o camarim, hotel, hotel, avião, avião. É uma loucura", diz Zé Neto.
"Acho que vinha aquele peso: 'Eu vou parar essa máquina, esse sonho que a gente construiu? O que meu parceiro vai fazer'?", complementa Cristiano.
Zé Neto e Cristiano receberam a equipe do Fantástico em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, um dia antes da apresentação que marcaria a volta da dupla.
"Bom demais, né? Essa volta, estar ao lado desse cara que eu amo demais", diz Zé Neto, sobre Cristiano.
A parceria profissional dos amigos de infância Zé Neto e Irineu começou em 2011. Daí, viraram a dupla Zé Neto e Cristiano.
"No final de 2013, a gente saiu de casa para Goiânia. Um salário de R$ 2 mil. Pagava R$ 1,5 mil de aluguel e sobrava para comer, fazer as coisas", relembra Cristiano.
O sucesso chegou cinco anos depois, com a gravação do primeiro DVD. Adupla chegou a fazer 34 shows em um mês. O ritmo pesou, principalmente para Zé Neto. "Eu estava saturado porque eu já não estava mais entregando o que a dupla se propõe a entregar", diz.
A situação fez Cristiano pensar em parar de vez. "Fiz uma reunião com ele, com os empresários e falei: 'Eu vou parar, mas por ele'. Aí, ele [Zé] virou para mim e falou: 'Minha vida já está difícil. Já estou com um monte de problema. Se você parar o Zé Neto e Cristiano, que é a única coisa que me mantém vivo, você vai parar, vai acabar comigo", relembra Cristiano.
'Virou tempestade'
Natália Toscano, esposa de Zé Neto, lembra que certo dia, com um show marcado, o marido disse a ela que não aguentaria. "'Eu não consigo, não vou'", relata a esposa.
"Eu comecei a tremer, aí meu coração disparou, meu rosto começou a formigar, eu tive uma síndrome do pânico. Eu dizia: 'Estou morrendo'", lembra Zé Neto. "É aquele ciclo vicioso de depressão: 'Vamos empurrar mais um pouquinho'. Foi aumentando. E o que era uma gotinha virou tempestade."
Zé Neto também diz ter se arrependido de ter fumado cigarro eletrônico. "Foi uma das piores coisas que aconteceram comigo. Acho até que ele foi um grande culpado de a minha depressão ter piorado."
G1
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