Há mais de três meses, os moradores da Comunidade Malhada, localizada na zona rural de Divinópolis de Goiás e próxima à Comunidade Quilombola do Vazante, enfrentam um grave problema de desabastecimento de água em suas residências. O drama é antigo, mas tem se agravado nos últimos meses, gerando sofrimento e revolta entre os moradores.

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A água disponível na região é salobra, rica em salito, o que exige constante manutenção na rede de encanamento para evitar entupimentos. Desde o início do ano, o sistema de distribuição está comprometido, deixando dezenas de famílias sem acesso a um direito básico: a água potável.

Segundo relatos dos moradores, apesar dos inúmeros pedidos de socorro feitos à prefeitura, não houve resposta efetiva por parte da administração municipal. Diante do silêncio das autoridades, a comunidade buscou apoio junto ao vereador Josemiro Prado, representante quilombola, que visitou o local, ouviu os moradores, documentou a situação e cobrou providências do poder público.

No entanto, em vez de respostas e soluções, a população foi surpreendida por uma declaração do Secretário de Administração, Diego Moraes — ex-vereador por dois mandatos — que desmentiu publicamente o vereador e questionou a veracidade das denúncias feitas pelos próprios moradores. A fala gerou grande repercussão negativa e revolta na comunidade, que se sente desrespeitada e invisibilizada.

"Estamos testemunhando a negação de direitos básicos a uma comunidade inteira, e isso é inaceitável. Ou a gestão municipal toma as providências devidas, ou tomaremos as medidas legais cabíveis contra essa omissão", declarou o vereador Josemiro Prado.

O caso escancara o drama vivido por comunidades rurais e tradicionais do Nordeste Goiano, onde a luta por direitos básicos, como o acesso à água, ainda é uma dura realidade.

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