Brasil | Delator do PCC
Terça-feira, 12 de Novembro de 2024
Delator do PCC denunciou policiais civis por extorsão à Corregedoria oito dias antes de ser executado em Guarulhos
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach deu o nome dos agentes na sede da Corregedoria da Polícia Civil, no dia 31 de outubro. Ele foi morto com 10 tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo na sexta (8).
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, foi ouvido no dia 31 de outubro na Corregedoria da Polícia Civil sobre a denúncia de que policiais civis estavam cometendo extorsão. O depoimento foi dado oito dias antes de ele ser executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na sexta-feira (8).
A informação foi divulgada por Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, em coletiva de imprensa nesta segunda (11).
"A Corregedoria da Polícia Civil, no dia 31 de outubro, ouviu na sede de Corregedoria o indivíduo Vinicius. Ele foi ouvido por conta de termos recebidos extratos dessa delação no Ministério Público, nós ainda não tivemos acesso a delação, mas extratos dela - onde ele falava nome de policiais civis que teriam, de alguma maneira, participado extorsão contra ele. O primeiro a ser ouvido foi o próprio Vinicius", afirmou Derrite.
"O inquérito foi instaurado na Corregedoria para que ele pudesse apontar os nomes e quais desvios de conduta, esses policiais civis teriam cometido", completou.
Em março, o empresário fechou um acordo de delação premiada com o MP com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e crimes cometidos por policiais. Gritzbach acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato do Cara Preta.
Além disso, forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
G1
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