Brasil | Assassinado em aeroporto
Terça-feira, 12 de Novembro de 2024
Corregedoria da PM já investigava suposta ligação de seguranças do delator com o PCC
Os cinco seguranças de Gritzbach são praças da PM (soldados, cabos e sargentos) e foram indicados pelo mesmo tenente. Delator foi executado na sexta-feira (8).
Antes da execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, na sexta-feira (8) a Corregedoria da Polícia Militar havia instaurado um inquérito para apurar o suposto envolvimento dos seguranças dele com a facção criminosa.
Os cinco seguranças de Gritzbach são praças da PM (soldados, cabos e sargentos) e foram indicados pelo mesmo tenente (leia mais abaixo).
Depois do assassinato, os corregedores revisitaram o Inquérito Policial Militar (IPM) e verificaram que os nomes dos seguranças de Gritzbach já apareciam na investigação. Agora, vão juntar informações que constavam no IPM com os novos elementos, obtidos principalmente após a apreensão dos celulares dos PMs que trabalhavam para Gritzbach.
“Já existe um inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar apurando a conduta criminal dos policiais militares mencionados. Não só os que estavam ali realizando a escolta nesse dia, mas eventualmente de outros policiais militares envolvidos com qualquer indivíduo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Já tem mais de um mês que esse inquérito foi instaurado e ele está sendo instruído pela corregedoria. E por que só agora eu estou noticiando isso? Porque ele corre em segredo de justiça, obviamente", disse o secretário da Segurança, Guilherme Derrite, em coletiva nesta segunda-feira (11).
“Os celulares de todos esses policiais que estavam no dia lá no aeroporto em Guarulhos foram apreendidos e eles já foram chamados pela Corregedoria da Polícia Militar e terão que explicar o que faziam, porque só o simples fato de realizarem um serviço já configura uma transgressão disciplinar que não permitida além disso estavam fazendo isso para um indivíduo criminoso", completou.
Gritzbach estava acompanhado de um segurança durante o voo de Maceió para São Paulo, antes de ser executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele e a namorada carregavam uma mala com joias avaliadas em R$ 1 milhão.
Inicialmente, a informação era a de que apenas quatro seguranças o esperavam em São Paulo.
O soldado Samuel Tillvitz da Luz, do 18° Batalhão Metropolitano, é o quinto integrante da escolta pessoal do empresário. Ele prestou depoimento à Corregedoria da PM, e a TV Globo teve acesso ao documento.
Em depoimento à Corregedoria da PM, Samuel contou que há um ano presta serviço para Gritzbach. Na sexta, antes de o avião pousar, ele entrou em contato com a equipe em terra (formada por outros quatro PMs) por meio do celular.
G1
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