Notícias da Região | Buritinópolis/GO
Sexta-feira, 04 de Julho de 2025
Buritinópolis: Moradores denunciam seca no Rio Buriti e pedem ação de autoridades ambientais
Segundo os relatos, o volume do rio caiu drasticamente nas últimas semanas, coincidindo com o período em que as usinas passaram a operar com maior controle sobre a liberação da vazão.

O Rio Buriti, um dos principais cursos d’água do nordeste goiano, enfrenta um de seus momentos mais críticos. Trechos inteiros do leito estão secos, com pedras expostas e apenas um fio d’água resistindo. A situação tem gerado preocupação entre moradores e ambientalistas, que atribuem o fenômeno ao fechamento das comportas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) instaladas ao longo do rio.
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A alteração no fluxo hídrico tem sido registrada em vídeos e imagens que circulam nas redes sociais, evidenciando o impacto direto da retenção de água. Segundo os relatos, o volume do rio caiu drasticamente nas últimas semanas, coincidindo com o período em que as usinas passaram a operar com maior controle sobre a liberação da vazão.
Especialistas alertam que, apesar de serem de pequeno porte, as PCHs podem causar impactos significativos em rios de menor escala, principalmente em regiões com vazão limitada. A legislação brasileira estabelece que o uso da água para consumo humano e dessedentação animal deve ter prioridade sobre qualquer outra finalidade, inclusive a geração de energia.
Moradores temem pela segurança hídrica da região e cobram providências. “É uma situação muito triste. O rio está secando diante dos nossos olhos, e ninguém aparece para fiscalizar ou explicar o que está acontecendo”, afirma um morador em vídeo publicado nas redes. A insatisfação com a ausência de medidas por parte das autoridades tem motivado discussões sobre mobilizações populares.
A Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), em comunicados anteriores sobre casos semelhantes, defende que as usinas seguem parâmetros legais e operam sob fiscalização de órgãos ambientais. No entanto, lideranças locais questionam a efetividade dessa fiscalização e pedem mais transparência sobre os impactos das operações.
Até o momento, não houve posicionamento oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nem do Ministério Público sobre o caso específico do Rio Buriti. Organizações ambientais independentes também acompanham a situação e cobram investigação sobre a compatibilidade entre as atividades das PCHs e a preservação dos recursos hídricos da região.
O caso reacende o debate sobre os desafios da produção de energia em áreas ambientalmente sensíveis e a necessidade de conciliação entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Enquanto isso, a população local segue vigilante, à espera de medidas que garantam o retorno do fluxo natural do rio e o respeito ao direito de acesso à água.
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