Neste domingo, 24 de agosto de 2025, moradores de Buritinópolis/GO, registraram em vídeo a dramática situação do Rio Buriti, um dos mais importantes cursos d’água do nordeste goiano. As imagens revelam trechos inteiros do leito completamente secos, pedras expostas e apenas um filete d’água correndo de forma tímida, em contraste com o volume expressivo que o rio apresentava em outros anos.

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A cena gerou indignação entre os moradores, que relatam sentir-se abandonados diante da falta de fiscalização e de respostas concretas das autoridades ambientais.

O que o vídeo mostra

Leito do rio exposto e rachado em alguns pontos;

Rochas antes submersas agora visíveis;

Água escassa, insuficiente até mesmo para atender às comunidades ribeirinhas.

Moradores cobram providências

“É revoltante ver o rio secando e ninguém aparecer para explicar ou agir. Estamos vendo a vida do Buriti se perder dia após dia”, desabafou um dos moradores que aparece na filmagem.

Segundo os relatos, a situação se agravou após a redução na liberação da vazão das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) instaladas ao longo do rio. Embora consideradas de baixo impacto, especialistas alertam que, em rios de vazão limitada como o Buriti, essas intervenções podem causar colapsos hídricos severos.

Legislação e prioridades

A legislação brasileira é clara: em situações de escassez, a prioridade deve ser dada ao consumo humano e à dessedentação animal, mesmo diante da geração de energia elétrica. Porém, moradores e ambientalistas afirmam que essa norma não tem sido respeitada.

Silêncio das autoridades

Até agora, IBAMA, Ministério Público e órgãos estaduais de meio ambiente não emitiram posicionamentos oficiais sobre a crise. Já entidades representativas das PCHs, como a ABRAPCH, sustentam que as usinas operam de acordo com a lei e sob fiscalização constante — alegações que são contestadas por moradores e lideranças locais, que pedem mais transparência.

Pressão cresce

O novo vídeo amplia a mobilização em Buritinópolis e reacende o debate sobre os impactos das PCHs nos rios da região. A comunidade exige medidas urgentes que garantam o direito básico à água e a preservação de um patrimônio natural que vem sendo ameaçado ano após ano.

 

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