Notícias da Região | Dengue
Sábado, 01 de Fevereiro de 2025
Brasil enfrenta desafio histórico no controle do Aedes aegypti
No Nordeste, a Universidade Tiradentes (Unit) tem investido na combinação de biotecnologia com educação comunitária, promovendo modelos replicáveis de controle do vetor.

O Aedes aegypti continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil, sendo o principal vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Apesar de décadas de esforços, fatores climáticos, estruturais e culturais favorecem sua proliferação, exigindo abordagens inovadoras para conter sua disseminação.
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Abordagens inovadoras no controle do vetor
O avanço da ciência e da tecnologia tem possibilitado novas estratégias de combate ao mosquito. Iniciativas como o uso de mosquitos geneticamente modificados e a introdução da bactéria Wolbachia, que impede a transmissão viral, já demonstram eficácia em diversas regiões do país. Além disso, ferramentas como drones, aplicativos de monitoramento e armadilhas inteligentes estão sendo implementadas para otimizar a vigilância epidemiológica.
As universidades desempenham um papel fundamental nesse avanço. Pesquisas conduzidas por instituições como USP, UFMG e UFPE exploram desde soluções genéticas até repelentes naturais à base de plantas nativas. No Nordeste, a Universidade Tiradentes (Unit) tem investido na combinação de biotecnologia com educação comunitária, promovendo modelos replicáveis de controle do vetor.
Desafios regionais e a necessidade de um esforço coordenado
Embora algumas regiões do Brasil tenham conseguido implementar avanços significativos, outras ainda enfrentam dificuldades estruturais que comprometem a eficácia das ações. No Sudeste, o descarte inadequado de resíduos e o acúmulo de água em áreas urbanas contribuem para a proliferação do mosquito. Já no Norte e Nordeste, a logística e a falta de infraestrutura dificultam campanhas de controle e conscientização.
A recente confirmação da primeira morte por dengue em Sorocaba em 2025 reforça a urgência da intensificação das ações preventivas. Especialistas, como o infectologista Matheus Todt Aragão, destacam que o combate ao Aedes aegypti exige um esforço coordenado, que combine ciência, tecnologia, políticas públicas e engajamento da população.
Perspectivas e oportunidades para o futuro
A luta contra o Aedes aegypti também abre oportunidades para a ampliação de iniciativas de monitoramento e vigilância epidemiológica. O investimento em inteligência artificial, biotecnologia e engajamento comunitário tem potencial para transformar a dinâmica do combate ao mosquito no país. Com políticas públicas eficazes e a participação ativa da sociedade, o Brasil pode avançar significativamente no controle desse vetor e na redução do impacto das doenças transmitidas.
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