Internacionais | Tecnologia
Sexta-feira, 05 de Dezembro de 2025
Existe risco de 'apagão' na internet por sabotagem em cabos submarinos?
Informações pessoais, dados de pagamentos e segredos de governo são transmitidos pelo fundo do mar. Tensões crescentes com a China expõem fragilidades do sistema.
Eles são a espinha dorsal da globalização: cabos submarinos, que se estendem no fundo no mar, conectando países e continentes.
Segundo a plataforma Total Telecom, cerca de 500 cabos desse tipo atravessavam os oceanos em 2021, atingindo uma extensão de 1,3 milhão de quilômetros. Desde então, esse número aumentou ainda mais.
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"Toda a troca de informações mundial está sendo transmitida por esses cabos", diz Johannes Peters, coordenador do Centro de Estratégia e Segurança Marítima da Universidade de Kiel, na Alemanha.
"A internet, dados de pagamento e informações de todas as formas imagináveis, todo o tipo de comunicação verbal – tudo isso passa quase exclusivamente por esses cabos", afirma Peters. "Ou seja, somos dependentes deles, e isso ao nível global".
Entretanto, essa estrutura de comunicação está em risco. Não por desgaste natural, mas por possíveis atos de sabotagem.
Um exemplo ocorreu recentemente no Mar Báltico. Um estudo da Universidade de Washington, em Seattle, aponta que cerca de dez cabos foram rompidos desde 2022, sete deles entre novembro de 2024 e janeiro de 2025. Nos últimos meses, mais cabos foram destruídos.
A Rússia foi citada várias vezes como a responsável por esses estragos. Indícios como marcas de âncoras ou movimentos suspeitos de navios reforçam essa suspeita.
No entanto, não há provas conclusivas contra Moscou, nem de que os danos foram realmente intencionais, já que podem ter sido causados por acidentes ou mesmo por negligência.
Além da Rússia, outro país suspeito de ter destruído cabos subterrâneos no Mar Báltico é a China. Em novembro de 2024, a Suécia pediu ao governo chinês que colaborasse na investigação de um rompimento semelhante na região.
G1
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